Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes

Quando uma colônia pacífica às margens de uma galáxia se vê ameaçada pelos exércitos de uma força dominante tirânica, Kora (Sofia Boutella), uma estranha misteriosa que vive entre os habitantes da vila, se torna a melhor esperança deles para sobreviver.

Opinião Pública sobre Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes

Aparentemente, mais de duas horas de preparação e exposição não foram suficientes para os criadores deste “épico” de ficção científica em duas partes. Rebel Moon: Part Two – The Scargiver oferece mais uma hora para estabelecer a premissa do enredo simplista e as histórias de fundo de seus personagens principais antes de finalmente chegar a um confronto climático rotineiro entre um bando de guerreiros autônomos e um exército imperialista. O fato de esta edição começar com uma recapitulação de 90 segundos dos eventos do filme anterior parece como se o co-roteirista/diretor Zack Snyder estivesse apenas acrescentando insulto à injúria.

Não é o tempo de execução que importa, obviamente. É o que os cineastas fazem com isso, e com esta continuação, que promete/ameaça um capítulo adicional ou vários desta história de uma aliança de rebeldes que lutam contra um império galáctico maligno (mas, por razões legais, nenhuma das partes específicas do particular filmes que essas frases trazem à mente), não faz muita coisa. O enredo aqui é tão previsível quanto sugeria a configuração do primeiro filme, já que uma equipe de seis lutadores semelhantes a samurais (eles perderam um no caminho de volta) finalmente chegaram a uma vila agrícola em uma lua isolada, pronta para a batalha.

Infelizmente, Snyder e seus colegas roteiristas, Shay Hatten e Kurt Johnstad, não estão prontos para a recompensa óbvia que nos disseram que viria desde o primeiro ato da edição anterior. Afinal, Kora (Sofia Boutella) e Gunnar (Michiel Huisman), que deixaram este mundo para recrutar guerreiros para lutar contra os soldados do Império que ameaçavam levar todos os grãos preciosos da aldeia, precisam ter um romance apressado. Isso inclui algumas conversas desconfortáveis ​​​​no travesseiro, enquanto Kora explica como ela passou de principal guarda-costas de uma princesa a fugitiva. Neste ponto da história, é uma revelação que significa muito pouco. Já ultrapassamos o ponto de ficarmos curiosos sobre esses arquétipos amplos, que já receberam a oportunidade de um filme inteiro para explicar esses detalhes.

Em vez disso, porém, os quatro recrutas obtêm ainda mais oportunidades – desta vez, um após o outro, preenchendo as lacunas desnecessárias das suas histórias trágicas. Titus (Djimon Hounsou), o desgraçado general do Imperium, explica que o que vimos anteriormente de sua história por trás é exatamente o que parecia: que seus homens foram executados em estilo explosivo na frente dele por desobedecerem a ordens assassinas.

Tarak (Staz Nair), que pode domar e controlar feras, era um príncipe antes dos malfeitores matarem seu pai e destruírem seu mundo natal, e Milius (E. Duffy), que era essencialmente a terceira escolha da equipe por ter um rebelde oficial entre a tripulação, foi resgatada do trabalho escravo. A única pequena surpresa é saber como Nemesis (Doona Bae), a portadora de lâminas emissoras de energia, conseguiu seus braços robóticos, e essa é praticamente a extensão da capacidade do filme de surpreender com material remendado – e de forma alguma bem, de histórias familiares.

Ah, há muita colheita nessa primeira seção também. Sim, os guerreiros e aldeões ainda precisam correr para colher a colheita antes do ressuscitado Almirante Noble (Ed Skrein), que basicamente consegue recriar seu confronto climático com Kora em meio a um cenário um pouco diferente, mas igualmente barulhento, e sua nave espacial devastadora do planeta chega. . Muito disso é mostrado em câmera lenta, porque, com certeza, os processos de colheita e moagem dos grãos são os assuntos mais urgentes do momento. Menos importante, aparentemente, é treinar estes escassos agricultores para usarem espingardas blaster e outras armas para se defenderem contra um exército de soldados bem treinados e fortemente armados, tanques ambulantes e veículos de combate voadores.

Todas as prioridades do filme estão erradas, mas isso não deve ser uma surpresa depois da entrada anterior, que, como sabemos agora, não conseguiu nem estabelecer as bases desses personagens e do conflito não tão iminente. Quando a grande batalha finalmente chegar, os personagens mostrarão suas habilidades com vários graus de sucesso, e aqueles que poderiam ter se perguntado o que aconteceu com o robô pacifista Jimmy (voz de Anthony Hopkins) provavelmente agora se perguntarão como sua programação mudou para transformar. transformá-lo em um deus ex machina literal e mortal. A propósito, o andróide não é o único exemplo disso aqui.

Tudo em Rebel Moon: Parte Dois – O Scargiver se desenrola exatamente como qualquer pessoa que tenha conhecimento básico de narrativa poderia prever e, ao contrário do primeiro filme, esta continuação tem apenas um local genérico para abranger sua história preguiçosa. Depois de tudo o que foi dito (e dito e dito novamente) e feito, ainda não é suficiente, porque o final estabelece outra aventura para nossos heróis – ou, pelo menos, o início de uma aventura teórica que pode realmente acontecer dois, três ou sabe-se lá quantos filmes a partir de agora.

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